O anúncio foi feito pela ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. O Ministério da Justiça também informou que enviará comitiva ao local na segunda-feira
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, anunciou o envio de uma comitiva interministerial para Roraima, depois de uma comunidade da Terra Indígena Yanomani sofrer um ataque de garimpeiros.
O ataque aconteceu no sábado à tarde na comunidade Uxiú, segundo informações do presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) Yanomami, Júnior Hekurari.
Um indígena morreu baleado e outros dois feridos foram encaminhados para a capital Boa Vista e se encontram internados no Hospital Geral de Roraima (HGR). “Com muito pesar soubemos do ataque a tiros de garimpeiros contra 3 indígenas Yanomami, 1 veio a óbito e os outros 2 estão sob atendimento em estado grave. Uma comitiva interministerial está a caminho de Roraima para reforçar ainda mais as ações de desintrusão dos criminosos”, escreveu a ministra.
“A situação de invasores na TI Yanomami vem de muitos anos e mesmo com todos os esforços sendo realizados pelo Gov. Federal, ainda faltam muitas ações coordenadas até a retirada de todos os invasores do território”, completou Sonia, que ainda pediu ajuda do Ministério da Justiça para que a Polícia Federal investigue o caso.
Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que tomou conhecimento dos crimes ocorridos no território Yanomami e enviará uma comitiva ao local na segunda-feira (1⁰). “Irão a Roraima o secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, o diretor da Força Nacional, coronel Fernando Alencar e o Diretor de Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal, Humberto Freire”, diz a nota.
O ministério informa ainda que duas equipes da Polícia Federal já estão na comunidade indígena, onde ouviram testemunhas e realizaram perícias. “Outras diligências seguem em andamento para identificar e prender os autores de crimes, enquanto as ações de desintrusão [desocupação] dos invasores das terras indígenas continuam no âmbito da Operação Libertação”, acrescentou o ministério.
Por Carta Capital.
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