Quatro adolescentes que cumpriram medida socioeducativa no CASA Osasco I, em Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, conquistaram duas vagas de emprego e duas posições como aprendizes na área de serviços no último trimestre. A empregabilidade dos jovens se deu ainda durante o período de internação.
As conquistas resultaram de duas estratégias: uma da equipe multidisciplinar do centro socioeducativo da Fundação CASA, que buscou uma oportunidade de emprego, e outra do cadastramento de todos os jovens então internados junto à Secretaria de Emprego, Trabalho e Renda (SETRE) da Prefeitura de Osasco, para concorrerem a vagas de emprego ou aprendizagem que combinassem com seus perfis profissionais.
“A inserção desses jovens no mercado de trabalho demonstra o desejo deles de traçar um futuro diferente do passado que os trouxe para a Fundação CASA”, afirma o secretário da Justiça e Cidadania e presidente da Fundação CASA, Fernando José da Costa.
Em setembro, todos os adolescentes então internados no CASA Osasco I foram cadastrados pela SETRE no Sistema Nacional de Empregos (SINE) e passaram por capacitação sobre processo de seleção.
Um grupo de 21 jovens conseguiu encaminhamento para entrevistas, pois possuíam perfil mínimo para as vagas. No final, três conseguiram colocação no mercado de trabalho, concorrendo em pé de igualdade com outros candidatos.
“Promover ações que foquem na empregabilidade de recortes específicos da população, historicamente e estatisticamente com mais dificuldades em ingressar ou reingressar no mercado de trabalho, é dever do poder público. Por isso, essa parceria com a Fundação CASA é mais do que honrosa. É, de fato, uma missão. Então, acompanhar esses resultados exitosos nos dá a certeza de que estamos no caminho certo”, comenta Gelso Lima, Secretário de Emprego, Trabalho e Renda de Osasco.
Já o quarto adolescente empregado alcançou a vaga depois de participar da oficina de empregabilidade realizada pela equipe do centro socioeducativo, numa iniciativa focada em jovens com idade a partir dos 14 anos, que é a idade mínima constitucional para a aprendizagem.
“Toda essa ação só foi possível pelo envolvimento dos servidores do centro socioeducativo e do trabalho em rede com a SETRE, que acreditou na iniciativa, e o Poder Judiciário, Ministério Público Estadual e Defensoria Pública, que abraçaram a causa e sempre nos auxiliam”, explica a diretora do CASA Osasco I, Fabiane Valentim Koetz.
Imagem: Jean Bueno.
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