O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse do cargo pela terceira vez na tarde deste domingo (1º/1). Acompanhado de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), da primeira-dama, Janja, e de Lu Alckmin, o petista desfilou pela Esplanada dos Ministérios e assinou o termo de posse no Congresso.
Em seguida, Lula recebeu a faixa presidencial no Palácio do Planalto. O adereço foi entregue por cidadãos que representam a diversidade do povo brasileiro: uma criança, um indígena, um negro, uma mulher, um operário e uma pessoa com deficiência.
Em seu primeiro discurso, no Congresso, Lula disse que a democracia foi a grande vitoriosa da eleição ocorrida no último mês de outubro. Entre diversas críticas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele acusou seu adversário de tentar usar a máquina pública para se manter no poder, em uma campanha "abjeta" e voltada ao ódio.
O presidente ainda elogiou o sistema eleitoral e classificou como corajosa a atuação do Tribunal Superior Eleitoral "para fazer prevalecer a verdade das urnas sobre as violências de seus detratores".
No segundo discurso, já com a faixa, Lula agradeceu seus apoiadores "que enfrentaram a violência política antes, durante e depois da campanha eleitoral" quando "uma minoria violenta e antidemocrática tentava se apropriar do verde e amarelo que pertence a todos os brasileiros".
Mesmo assim, afirmou que vai governar para todos, e não somente para quem lhe confiou o voto. "A ninguém interessa um país em pé de guerra. É hora de reatarmos os laços rompidos por discursos de ódio e disseminação de tantas mentiras. Chega de ódio, fake news, armas e bombas. Nosso povo quer paz. A disputa eleitoral acabou. É necessário unir o país. Não existem dois Brasis", pontuou.
O petista voltou a criticar o "governo desumano" de seu antecessor, a quem atribuiu uma situação de tragédia, com taxas altas de feminícidio, poucas políticas de combate às desigualdades e descaso na educação, saúde e defesa civil.
Nesse momento, o público presente entoou o coro "sem anistia!". Ou seja, cobrando responsabilização jurídica do governo Bolsonaro.
Em ambos os discursos, o presidente ainda destacou pautas da sua campanha, como redução das desigualdades e injustiças sociais, desarmamento da população, o fortalecimento do Bolsa Família, a rigidez contra o desmatamento.
Após o emocionado discurso ao público, Lula foi receber o cumprimento de chefes de estado ou governo estrangeiros.
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que esteve na cerimônia de posse, elogiou as palavras do novo presidente. "O discurso de posse do presidente Lula dá início à reconciliação do país com a democracia e os direitos fundamentais da pessoa humana", disse o magistrado.
Fonte: ConJur.
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