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Polícia Civil prende torcedor do Flamengo suspeito de ter matado palmeirense Gabriela Anelli

Gabriela Anelli, de 23 anos, morreu após ser atingida por garrafa durante confusão entre torcedores do clube paulista e do Flamengo, na Zona Oeste de São Paulo. Ministério Público defende que responsável pela morte é um homem de barba que aparece em vídeos.

Gabriela Anelli, 23 anos, torcedora ferida em confusão no jogo Palmeiras x Flamengo — Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil de São Paulo informou nesta terça-feira (25) que identificou e prendeu um torcedor do Flamengo suspeito de ter matado a palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos, que foi atingida por uma garrafa de vidro durante uma confusão entre torcidas no entorno do estádio em 8 de julho.

Segundo o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Jonathan Messias Santos da Silva é o homem com barba que aparece em vídeo de uma câmera de segurança atirando uma garrafa. Ele foi encontrado no bairro de Campo Grande, no Rio de Janeiro, após mandado de prisão ser expedido pela Justiça. Ainda conforme a polícia, o homem será apresentado na unidade policial do Rio de Janeiro e, em seguida, será levado para a delegacia de São Paulo.

Uma coletiva de imprensa será feita às 11h para detalhar como se deu a identificação e prisão do suspeito.

Gabriela era frequentadora assídua do Allianz Parque e costumava ir ao local com os pais. Segundo o pai dela relatou à TV Globo, o Palmeiras era a vida dela.

"A diversão dela era praticamente essa. Aos finais de semana, as viagens que ela fazia. Foi a forma que ela se encontrou. Tem meninas da idade dela que gostam de ir em baile funk, de gostam de ir para sertanejo, ela gostava do Palmeiras. A vida dela era essa. Palmeiras, e a torcida. Era isso", disse Ettore Amarchiano Neto.

A mãe da jovem também afirmou que Gabriela já tinha passado por cirurgias e superado diversos problemas de saúde ao longo da vida.

"Não foi o problema de saúde que ela tinha que matou ela, foi uma garrafa que cortou a jugular dela", disse Dilcilene Prado Anelle dos Santos.

Os dois também estavam no estádio e só souberam do ocorrido quando a filha estava na Santa Casa.

"Nós participamos do jogo também, estávamos aguardando por ela porque a gente ficou junto com a Mancha, só que ela não chegou a entrar no estádio. Eu fiquei sabendo quando acabou o jogo, porque não tinha sinal de celular lá dentro, uma ligação. Nisso, ela já tinha sido operada, já estava descendo pra UTI."

Mudança na investigação

Na última quinta-feira (13), o delegado-geral Artur José Dian informou que a morte da torcedora Gabriela passaria a ser investigada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A mudança ocorreu por determinação da Justiça e após a revogação da prisão do torcedor do Flamengo Leonardo Felipe Xavier Santiago, de 26 anos. Na decisão, a juíza considerou o delegado incialmente responsável pelo caso como "despreparado".

Santiago havia sido preso e indiciado pela Polícia Civil de São Paulo por homicídio doloso consumado. Ele foi liberado na quarta-feira (12) por volta das 17h40 do Centro de Detenção Provisória 4 de Pinheiros, em São Paulo.

No entendimento do Ministério Público, baseado nas provas que existem até o momento, o arremesso da garrafa que atingiu e matou Gabriela Anelli foi feito por um torcedor do Flamengo ainda não identificado, filmado jogando o objeto contra a torcida do Palmeiras.

Segundo o delegado-geral, o trabalho agora é para identificar esse homem, além de outras pessoas que também arremessaram objetos.

Além de Felipe Santiago, a Polícia Civil investiga ao menos 10 pessoas que jogaram garrafas na confusão entre torcedores que terminou com a morte de Gabriela. Os investigadores usam uma ferramenta de investigação de reconhecimento facial.

Por Sabina Simonato, TV Globo — São Paulo, para ler mais acesse em G1.


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